domingo, 17 de janeiro de 2010

Um lugar para chamar de LAR

Começo hoje uma semana decisiva e bastante difícil. Eu estou de mudança mas não sei pra onde, só sei que sexta-feira eu desocuparei o apartamento onde morei e vivi os últimos 30 meses da minha vida.
Mudanças são, de certa forma, difíceis pra mim pois eu me apego às coisas e às pessoas, não de forma materialista ou que as atrapalhe, mas de forma que eu sofra com a possibilidade de mudar tudo de forma permanente. Mas se fosse só isso seria fácil resolver...

Eu estou a procura de trabalho, ou seja, teoricamente, não estou dispondo de verba para me sustentar atualmente. A teoria é porque eu não saí formalmente do meu antigo trabalho, ainda sou funcionária e recebo salário, mas isso é temporário.

Eu dividia o apê e as contas com uma amiga - a Cristina Jensen ai nos seguidores - nós nos mudamos para Piracicaba para fazer faculdade. Como eu arrumei emprego, mesmo acabando a facul, era mais vantajoso eu ficar morando com a Cristina, uma vez que ela ainda faria facul por um ano e também, era o tempo exato que ainda teríamos de contrato de aluguel. Bom, o tempo passou, a facul dela acabou e a mesma resolveu voltar para Americana para se casar com o namorado.
Meu contrato de aluguel venceu no último dia 22 de dezembro, ou eu o renovo ou, a partir dessa data, eu tenho um período de 30 dias para me mudar. Ou seja: SEXTA-FEIRA!!!

Entender a situação apenas com a descrição rápida dos fatos, apresentada acima, é difícil, mas dá pra sacar que a coisa tá feia. Posso imaginar algumas soluções que possam surgir nesse momento (como, por exemplo, voltar para a casa dos meus pais em Americana), soluções que parecem certeiras e descomplicadas, mas, infelizmente, por motivos que vão ter a oportunidade e o tempo de surgir no blog, não dá pra ser desse jeito e eu estou tentando fazer da melhor forma possível.

Eu passei as últimas semanas procurando um lar pra mim, na tentativa de não morar sozinha numa casa grande e também não sufocar o orçamento. Fui à várias imobiliárais, visitei um monte de kitinetes e apartamentos pequenos, fiz e refiz contas para ver como ficaria o financeiro, mandei e-mails para amigos me ajudarem a decidir, darem sua opinião... E não foi só. Importunei cada pessoa que ficava on-line no meu MSN perguntando sobre oportunidades de emprego, também mandei e-mail para cada uma delas que eram contato de trabalho, vasculhei todos os dias o jornal on-line procurando vagas, assim como algumas edições impressas... E a situação chegou onde está.

Aqui saem muito mais vagas para minha área do que Americana, o que é um dado curioso já que os profissionais da cidade acreditam que Americana seja melhor. Eu construí uma vida em Piracicaba, administrei uma casa, tomei minhas próprias decisões, arquei com os lucros e consequências das minhas escolhas, paguei minhas contas, fiz amigos, saí, curti e me diverti. Realmente vivi, como eu não fazia há um tempo...

As pessoas que me conhecem, estão temerosas quanto ao meu futuro financeiro e quanto a locar um apê mesmo sem ter emprego certo. De forma que elas ajudam mas não incentivam e, de certa forma, não apoiam.

Eu me sinto perdida e completamente sozinha nessa. Dai vem aquela coisa da dificuldade de mudar, acostumei a não ter ninguém pra passar a mão na minha cabeça. Se eu me arrepender, terei um monte de dedos me apontando e dizendo "Eu avisei!", como se já não bastasse a culpa e os problemas óbvios... Mas se tudo der certo vai ser glorioso pra mim. Só que não tem como saber, temos somente nossos próprios palpites nas mãos.

O jeito vai ser respirar fundo, mergulhar na batalha e adotar o seguinte pensamento: se der errado, é só parar e começar de novo. Por isso, contra tudo e contra todos eu vou tentar locar um apê e ficar em Piracicaba, por um tempo. Pois viver minha vida em meu lugar, com todas as dores e delícias, ninguém vai, então, se der certo ou errado quem vai ter que resolver e se virar, sou EU mesmo.

E que Deus continue olhando por mim como tem feito por toda minha vida. Vamos lá!

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Enter

Sejam todos muito bem vindos, é um prazer recebê-los!
A partir de agora, para quem acompanhar isso aqui, será possível conhecer um pouco da Thais que existe dentro de mim.
O Miolo Queimado surgiu para ser um aprendizado para eu mesma. Quero postar as coisas engraçadas, tristes, estranhas ou simplesmente normais do cotidiano, que acontecem à minha volta, em minha vida. A idéia é expressar a minha opinião torta a respeito. Se é que vou chegar a uma.
Dessa forma espero me compreender e evoluir. De quebra, quem acompanhar também vai me conhecer. É a oportnidade de ver a vida pela minha ótica das coisas.

Não tenho a pretensão de ter esse blog para divulgar as notícias mais comentadas, que estão acontecendo no mundo, com críticas pessoais a respeito. Tá cheio de gente interessante e informada o suficiente para produzir bom conteúdo para a Internet. Deixo isso para quem já o faz... e muito bem, por sinal.
O negócio aqui vai ser simples como um diário.
Um diário com as impressões viajadas sobre a minha própria vida louca e o que acontece ao redor, sobre as coisas que me deixam pensando a respeito... por horas. Coisas que me queimam os miolos.

Esse post pode ser editado, conforme o tempo passa, para melhor se adequar a realidade do blog. E também para corrigir eventuais erros, rs. Mas a essência da coisa toda, espero, continuará a mesma.